Dia 27: “O presidente vai voltar zerado. Estou muito otimista”, mentiu o vice | 28/01/19

1. E a sirene não tocou

A coisa mais básica, o troço mais importante de qualquer evacuação não funcionou.

A Vale usou o plano de emergência em caso de rompimento da barragem no Córrego do Feijão como modelo de excelência a ser copiado em outras regiões. Chegou no último dia 28 de novembro a exibir para moradores do distrito de São Sebastião das Águas Claras, conhecido como Macacos, um vídeo no qual 109 pessoas de Brumadinho (MG) participaram do simulado identificando as rotas de fuga e medidas de autossalvamento. Da ata da reunião, consta que 89% da comunidade do Feijão participou do treinamento. Na prática nem a sirene tocou.[Estadão]

E o governo já deixou claro que isso não há de mudar a guinada na política ambiental:

Salles disse ainda que o modelo anterior de gestão não funcionou porque não tinha foco, já que colocava no mesmo patamar projetos de baixo, médio e alto impactos. “(Isso) está desvirtuando e tornando ineficientes os trabalhos de fiscalização. Quando a esquerda vem com o discurso de descuido ambiental (da direita), eu não admito porque o que aconteceu em Brumadinho é consequência da visão deles. É uma legislação tão complexa e irracional que não funciona”.” [Estadão]

Um filho da puta condenado por falsificar documentos para favorecer mineradoras se acha no direito de admitir ou deixar de admitir qualquer coisa relacionada ao que está acontecendo em Brumadinho. O MP de São Paulo quer inclusive que essa condenação o impeça de ser ministro:

Em uma apelação enviada ao Tribunal de Justiça de São Paulo, os promotores Leandro Henrique Leme e Silvio Marques, do Ministério Público paulista, pedem que a Justiça determine a imediata perda da função pública do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.” [G1]

Mas calma que piora:

Questionado sobre qual alerta a tragédia de Brumadinho traz, Salles destacou que é “para toda a sociedade” e disse que a fiscalização e a licença foram concedidas pelo governo do PT, “de esquerda”. Perguntado se não é um erro adotar esse discurso como oficial do governo, o ministro negou. “Não é discurso oficial, tanto que não é dessa forma que estamos agindo”, respondeu, ressaltando a agilidade das ações tomadas pelo governo. “Fizemos o que estava ao alcance e continuamos fazendo. Aplicamos de maneira rigorosa a multa de R$ 250 milhões. Vamos ser muito incisivos na cobrança do valor e para que parte da multa seja convertida para medidas de compensação”, afirmou.”

Vamos completar um mês de governo e nenhum ministro foi demitido pelo presidente, uma proeza.

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2. O primeiro mês

A quatro dias de completar um mês no cargo de presidente, Jair Bolsonaro coleciona episódios que expuseram suas limitações e os pontos frágeis do governo. Há duas opções diante deste cenário: A. Corrigir eventuais falhas para que a gestão entre em um voo de cruzeiro o quanto antes. B. Ignorar os sinais preocupantes emitidos na decolagem e tratar com normalidade o que deveria ser alvo de reflexão.” [Folha]

A resposta é a opção…

B de “bagagem de dejeitos“, B de boçal, B de babaca, B de burro.

E a reforma ainda não está pronta!

No período de recuperação, a equipe econômica deve ainda concluir a proposta de reforma da Previdência, medida considerada crucial para a gestão Bolsonaro no ajuste das contas públicas e retomada do crescimento do país. O governo pretende apresentar até a segunda semana de fevereiro o texto, logo nas primeiras semanas de funcionamento do Legislativo.

Segunda semana de fevereiro, só rindo.

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3. Devolva-me a presidência

Na semana em que completará um mês na Presidência da República, Jair Bolsonaro vai despachar em uma estrutura provisória no hospital Albert Einstein, montada pelo GSI (Gabinete de Segurança Institucional) para que ele mantenha a rotina presidencial enquanto se recupera de uma cirurgia.” [Folha]

Mourão achou que seria presidente por 20 dias, muitos risos:

A partir de quarta-feira (30), Bolsonaro deve voltar a despachar normalmente com o auxílio de uma equipe de técnicos que foi deslocada de Brasília a São Paulo. A estimativa é que ele permaneça internado por dez dias. O GSI, comandado pelo general Augusto Heleno, montou uma sala para equipe de apoio no andar do quarto do presidente. Ele é o único dos 22 ministros que vai acompanhar integralmente a estadia de Bolsonaro em São Paulo.”

Mourão desejou toda a sorte do mundo ao presidente:

“O presidente vai voltar zerado. Estou muito otimista”

Teve general achando um absurdo o Bolsonaro não passar a presidência para o Mourão e jurou não ir a São Paulo para despachar com o presidente.

E esse tweet do Renan é pra emoldurar, ele deve ter gargalhado ao escrever:

A cirurgia que duraria 3 horas durou 9.

Otávio do Rêgo Barros acaba de dizer os jornalistas que Jair Bolsonaro está no Albert Einstein acompanhado de sua mulher, Michelle, e dos filhos Carlos, Eduardo e Renan. Flávio Bolsonaro, que está em Brasília, não foi mencionado pelo porta-voz.” [Antagonista]

Não pegaria bem foto do pai com Flávio, que coisa. E falando no Flávio, Queiroz vai dizer que a culpa é toda dele – como se isso, a essa altura do campeonato, adiantasse de alguma coisa.
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4. Iraque 7 x 1 Brasil

Notícias que me desnorteam:

Oitava economia do mundo, o Brasil tem níveis de cobertura de água e esgoto bem piores que países como Iraque, Jordânia e Marrocos. Hoje, 100 milhões de brasileiros não têm acesso à coleta de esgoto e 35 milhões não são abastecidos com água potável – números que refletem a falta de prioridade que o setor teve nos últimos anos e explicam a proliferação de epidemias, como dengue e zika, além de doenças gastrointestinais no País.

Para se ter ideia do atraso, a cobertura de água e esgoto no Brasil é de 83,3% e 51,9% da população, respectivamente, os números do Iraque são de 88,6% e 86,5%. Até países com Produto Interno Bruto (PIB) per capita – que mede a riqueza da população – inferior ao do Brasil ganham nos índices de cobertura. É o caso de Peru, África do Sul e Bolívia. Nesse último caso, o indicador de acesso à água é maior e o de coleta ligeiramente menor que o brasileiro.” [Estadão]]

E boa parte da esquerda brasileira achou que bastava a compra de eletrodomésticos e viajar de avião. Então tá.

A universalização do saneamento básico exigirá R$ 440 bilhões de investimentos, mas nem o Plano Nacional de Saneamento (Plansab) tem sido cumprido. Lançado em 2013, a meta era investir cerca de R$ 20 bilhões por ano até 2033 para abastecer 99% da população com água potável e levar rede de esgoto para 92% dos brasileiros.”

Para os especialistas, os benefícios decorrentes da melhoria no saneamento básico justificariam qualquer aumento de recursos no setor. Os baixos índices de cobertura de água e esgoto têm reflexo direto nos gastos com saúde pública. Calcula-se que cada R$ 1 investido em saneamento gere economia de R$ 4 na saúdeIsso sem contar os ganhos na economia, com melhora na produtividade do trabalho, segundo o Trata Brasil.

A matéria diz que a solução é privatização, mas em protesto vou solenemente ignorar.

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5. Depois da posse, o porte

As pessoas menos malucas desse governo deixaram claro que flexibilizar posse é uma coisa, porte de arma é completamente diferente. Uma dessas pessoas é o Moro. Pois bem:

“Integrantes da bancada da bala dizem ter recebido sinal verde de Jair Bolsonaro para retomar na Câmara debate sobre um projeto que facilita o porte de armas. O presidente da Frente Parlamentar da Segurança Pública, Capitão Augusto (PR-SP), chamou reunião com o grupo para quarta (30). Ele diz que vai trabalhar para construir consenso em torno de proposta que já está em tramitação, para levá-la ao plenário logo após a aprovação da reforma da Previdência, o que espera que ocorra até julho. A bancada deve adotar o projeto do deputado Rogério Peninha (MDB-SC) que revoga o Estatuto do Desarmamento. Em conversa recente com um dos líderes da frente pró-armas, o presidente avaliou que seria possível retomar a discussão sobre a medida no início desta Legislatura.” [Folha]

Bolsonaro e a bancada da bala querem simplesmente REVOGAR o estatuto do desarmamento, apenas isso.

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6. Puto mas reflexivo

Nesse últimos anos ando desapontado com o Gabeira, e uma frase dele em sua recente coluna me incomodou:

O fato de haver muitos militares no governo para mim não tem conotação negativa. Considero-os uma força moderadora. Mas qualquer recuo na transparência fica parecendo um enfoque militarizado do governo.” [O Globo]

Porra, pra quem viveu a ditadura é muito louco encarar os milicos como força moderadora. Mas daí me lembrei do César Benjamin dizendo ao Bial que ele nunca criticou publicamente o Exército, mesmo tendo passado dos 17 aos 20 anos de idade preso numa solitária. Uma coisa é o que aqueles militares fizeram, outra coisa são as Forças Armadas, instituições, segundo o César, indispensáveis para qualuer projeto de nação.

Continua chamando os militares de milicos e querendo mais que eles se fodam, mas esse tipo de coisa dá um nó na minha cabeça e me faz pensar. E vale demais ver o depoimento do César, é tocante.

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7. Amém

Quem é contra educação sexual nas escolas consegue a proeza de ser mais conservador que o papa:

Creio que nas escolas é preciso dar educação sexual. Sexo é um dom de Deus não é um monstro. É o dom de Deus para amar e se alguém o usa para ganhar dinheiro ou explorar o outro, é um problema diferente. Precisamos oferecer uma educação sexual objetiva, como é, sem colonização ideológica. Nem sempre é possível por causa de muitas situações familiares, ou porque não sabem como fazê-lo. A escola compensa isso e deve fazê-lo, caso contrário, resta um vazio que é preenchido por qualquer ideologia” [Exame]

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8. Soros e a inteligência artificial

Passou batido por aqui o discurso do George Soros em Davos:

“I want to use my time tonight to warn the world about an unprecedented danger that’s threatening the very survival of open societies, I want to call attention to the mortal danger facing open societies from the instruments of control that machine learning and artificial intelligence can put in the hands of repressive regimes. I’ll focus on China, where Xi Jinping wants a one-party state to reign supreme.” [Business Insider]

Minha preocupação é a mesma do Soros, mas vale pra todo mundo: China, Rússia, Estados Unidos – não há a menor possibilidade de a humanidade estar à altura do dilema ético que está imposto com  o surgimento da inteligência artificial, a dúvida que resta é saber quando e  o quão espetacularmente nos foderemos.

At the center of his anti-China argument was the concept of a centralized database of personal information called a “social credit system.” While Soros acknowledged that such a set-up doesn’t yet exist, he said he fears the capabilities afforded by the world’s technology heavyweights will hasten its arrival — and, in the process, dismantle what remains of an open society.

“My key point is that the combination of repressive regimes with IT monopolies endows those regimes with a built-in advantage over open societies,” Soros said. “The instruments of control are useful tools in the hands of authoritarian regimes, but they pose a mortal threat.” He continued: “China isn’t the only authoritarian regime in the world, but it’s undoubtedly the wealthiest, strongest and most developed in machine learning and artificial intelligence. This makes Xi Jinping the most dangerous opponent of those who believe in the concept of open society.

Sabe o que é mais louco? O Soros gostou do Trump ter peitado a China – sim, o líder dos globalistas gostou do Trump ter peitado os chineses:

When President Donald Trump embarked upon his ongoing Chinese trade crusade, Soros was pleased. In his mind, China needed to be challenged before it was too late, and Trump was taking a step in the right direction. However, according to Soros, the president’s follow-through has been disappointing. He noted that Trump’s political desires made him more amenable to compromise, while he should’ve been taking a harder stance.”

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9. O duelo venezuelano

Dá pra afirmar que muita gente calculou errado. Já são 29 mortos e mais de 500 prisões:

Numa crise política sem solução à vista, a disputa entre o governo de Nicolás Maduro e Juan Guaidó , autoproclamado presidente interino com apoio da Assembleia Nacional (AN), se acentua, e a violência aumenta. Sobretudo, segundo denunciou neste domingo a ONG Foro Penal, nas regiões mais pobres, onde crescem, diariamente, os protestos contra o chavismo.

Assim vive a Venezuela. Com, de um lado, Maduro, um presidente no Palácio de Miraflores que é considerado usurpador por seus opositores e cujo segundo mandato é classificado como ilegítimo por mais de 40 países; e, de outro lado, Guaidó, que nas ruas, bairros, igrejas e outros espaços de Caracas despertou entusiasmo entre críticos do governo, até mesmo chavistas, além de ter sido reconhecido como presidente interino por 19 países.” [O Globo]

Sim, até chavistas apóiam. Pra você ter uma idéia, o Guaidó é socialista – não acredite em mim, acredite no próprio Guaidó.

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Obviamente a direita tupiniqum sentiu o golpe e não está lidando bem com essa informação.

O arquiteto dessa saída foi o Trump, e os bastidores contados por um senador republicanos são preocupantes:

Graham, recalling his conversation with Trump, said: “He [Trump] said, ‘What do you think about using military force?’ and I said, ‘Well, you need to go slow on that, that could be problematic.’ And he said, ‘Well, I’m surprised, you want to invade everybody.'” Graham laughed. “And I said, ‘I don’t want to invade everybody, I only want to use the military when our national security interests are threatened.” [Axios]

Entendeu? Um republicano que adora invadir os outros países teve que chegar no Trump e pedir calma!

Trump’s really hawkish” on Venezuela, the hawkish Graham added in a phone interview on Sunday afternoon, adding that Trump was even more hawkish than he was on Venezuela.”

A situação tá tão ruim que bate uma saudade do Mad Dog, por mais doidão que seja o Mattis traria alguma razoabilidade á Casa Branca e diria que intervenção militar é uma idiotice do caralho.

E é impressionante com a UE adotou uma postura muito mais lúcida e construtiva que Trump e os países da AL:

Para os próximos dias é esperado o reconhecimento, como bloco, da União Europeia (UE), já que Maduro deixou claro que não aceita qualquer tipo de ultimato para convocar novas eleições presidenciais. A exigência fora feita pela UE na sexta passada e imediatamente rechaçada pelo Palácio de Miraflores”

Não dá pra cravar nada:

A cada dia que passa, as perguntas se multiplicam, e nem mesmo os analistas mais renomados se atrevem a dizer quem vai ganhar a disputa política, tratada no último sábado no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Para Luis Vicente León, diretor da consultoria Datanálisis, a oposição nunca chegou tão longe, mas o chavismo ainda pode garantir sua sobrevivência. Ele frisa que o “governo encarregado” precisa “romper o chavismo definitivamente e, principalmente, dentro das Forças Armadas”: — Maduro pode sobreviver com o bloqueio americano, vendendo menos petróleo e com setores populares desmobilizados, como estamos vendo. Mas não dura um dia sem apoio militar.”

Enfim, uma confusão do caralho. E parte da esquerda brasileira apóia um governo que atira contra os manifestantes – e foda-se quem são esses manifestantes, não se apóia um governo que atira em manifestantes, simples assim (li algo parecido em algum lugar neste fim de semana mas não me lembro onde li e muito menos o autor).

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10. Um Trump Muito Louco

Os bastidores por trás da decisão do Trump de reabrir o governo:

I can tell you exactly what happened,” one Republican senator texted me. “The mood at Senate Republican lunch on Thursday resembled what the mood must’ve been on the Union lines at 4 pm at First Bull Run. I’m amazed onlysix [Republicans] voted for Schumer’s bill. The message from that lunch by VP, Shahira [Knight] and Mitch [McConnell] to POTUS was, it’s over. They’ll be 70 votes within 48 hours.”

Foi sem dúvida o momento de maior fraqueza do Trump ao longo de sua presidência.

What happened was predictable, and it’s exactly what McConnell told Trump would happen. In a December conversation, before the shutdown, McConnell warned Trump that shutdowns never end well and never provide more leverage to their instigators, according to a source briefed on the conversation. Throughout their phone calls over the past four weeks, Trump would sometimes say to McConnell: “I know this isn’t your favorite thing, Mitch.“”

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>>> A chance de passar é nenhuma: “A comissão instituída pela Câmara dos Deputados para rever a lei de drogas encerrou seus trabalhos na semana passada. O projeto apresentado propõe a descriminalização do uso de drogas. A conduta continuará proibida, mas não será mais crime, caso o texto seja aprovado.” [Estadão]

>>> Aquela risada gostosa, aquela risada largada: “Maurício Malta, irmão de Magno Malta, deve perder nesta semana o cargo de diretor de gestão da Empresa de Planejamento e Logística, a EPL.” [Antagonista]

>>> “O premiê do Japão, Shinzo Abe, propôs nesta segunda-feira (28) uma reunião sua com o ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, para “romper o jugo da desconfiança mútua”. “Vou atuar decididamente, e aproveitando cada ocasião, para romper o jugo da desconfiança mútua e me reunirei diretamente com o dirigente Kim Jong-un para resolver o tema nuclear, do programa de mísseis da Coreia do Norte e os sequestros” de japoneses nos anos 1970-80, afirmou Abe, em discurso para inaugurar o ano parlamentar.” [Folha]

>>> E a Marina apanhou tanto por não ir à Mariana – o que foi uma medida louvável, qualquer político correira pra fazer uma linda photo op – que dessa vez foi á Brumadinho: “Marina Silva mudou de ideia e decidiu desembarcar em Brumadinho convencida pelo senador Randolfe Rodrigues e por membros da Rede em Minas Gerais, como o vice-prefeito de BH. Quando a barragem de Mariana se rompeu, foi criticada por não ter se ido ao local. Agora, diz que a Rede tem cinco senadores eleitos, o que lhe permite não ficar apenas no discurso.” [Estadão]

>>> Olha a idéia dos caras:  “Os primeiros a saberem da candidatura de Marcel Hatten à presidência da Câmara foram os membros de um grupo exclusivo de filiados do Novo, V30 Porto Alegre. O V30 é de voluntários, mas funciona como um grupo VIP: seus integrantes pagam R$ 50 por mês à legenda, além dos R$ 28 obrigatórios para participar de decisões e ter acesso antecipado a informações.” [Estadão]

>>> Baita matéria da Época sobre asessores parlamentares pagos para espalhar fake news [Época]

>>> Bingo! “A investigação que o MP do Rio de Janeiro está fazendo sobre os 27 deputados estaduais fluminenses (Flávio Bolsonaro entre eles) não vai se restringir a verificar as relações entre esses parlamentares e os assessores dos seus gabinetes. Fará também uma checagem cruzada. Ou seja, vai apurar se servidores do parlamentar X faziam depósitos na conta do parlamentar Y — e vice versa. Numa palavra, vai tentar descobrir se havia a modalidade da ‘rachadinha cruzada’ em vigor.” [O Globo]

>>> Não tem como isso se dar de forma suave, não tem: “A possibilidade de ser trocado por um robô ou um programa de computador põe em risco 54% dos empregos formais no país, mostra estudo inédito feito com dados brasileiros. Até 2026 seriam fechados 30 milhões de vagas com carteira assinada, se todas as empresas decidissem substituir trabalhadores humanos pela tecnologia já disponível —o número leva em conta a tendência de contratações para as ocupações mais ameaçadas.” [Folha]

>>> O que mais tem é candidato às presidências da Câmara e do Senado que só quer marcar posição pra ganhar um cargo na mesa diretora ou nas comissões. “Eles podem empregar —afora os servidores concursados— 682 cargos de confiança (485 na Câmara e 197 no Senado) com salários que variam de R$ 2.500 a R$ 19,9 mil. Segundo levantamento da coordenação de registro funcional da Câmara, feito a pedido daFolha, somente o gabinete do presidente da Casa tem direito a 82 CNEs (cargos de natureza especial), que são aqueles postos que dispensam a realização de concursos públicos —ou seja, o deputado emprega quem ele quiser. ” [Folha]

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